Este espaço virtual tem como objetivo a troca de experiências, opiniões a respeito das relações afetivas e informações sobre possibilidades de interação entre este público. Divulgação de eventos que promovam encontros em ambientes acolhedores para reunir pessoas afins com o intuito do aumento do bem estar e qualidade de vida nas relações interpessoais. Silvia Ligabue
sábado, 20 de agosto de 2011
Amando: na modernidade ou no século passado?
A idéia de que precisamos achar nossa cara metade, a metade da laranja para sermos felizes, pertence ao século passado, nasceu no romantismo. A palavra romantismo designa uma maneira de se comportar, de agir, de interpretar a realidade. O comportamento romântico caracteriza-se pelo sonho, por uma atitude emotiva diante das coisas.
Quem só tem “uma parte” coloca no outro um peso muito grande de se encaixar perfeitamente para fazê-lo feliz. Uma expectativa sem sentido, pois só eu sei exatamente quem eu sou e o que realmente me faz bem.
Pessoas que estão sós e que ainda sonham com o amor romântico e buscam parceiros para completá-las, não vivem bem.
Pois se angustiam e se vitimizam acreditando que, para serem felizes, precisam de alguém, desta forma tendem a ficar sem brilho, pois estão infelizes e aí sim o ciclo se completa. Estou só e infeliz e infeliz por estar só.
A “dor de amor” também é uma expressão ultrapassada, vem da frustração, do apego, da mágoa, que são incompatíveis a este sentimento tão nobre.
É claro que quando amamos, nossas inseguranças, medos, orgulho, posse, que são características humanas não trabalhadas, se confundem com as nossas necessidades.
O avanço tecnológico chegou no início deste milênio, e com ele as relações afetivas passam por grandes transformações trazendo um novo conceito do amor.
As pessoas buscam relações onde a individualidade, o respeito, o prazer da parceria, a alegria são preservadas.
Prezar pela individualidade não é ser egoísta. O egoísmo é alimentado pela energia do outro, o individualismo pela liberdade.
Ninguém traz felicidade para ninguém, sou feliz independente do outro e estar bem comigo só me sintoniza a pessoas que estejam da mesma forma resultando em relações mais saudáveis e felizes.
Em outras palavras, o individuo que vive bem com ele mesmo, vive boas relações afetivas.
Na modernidade, o individuo precisa de mais tempo para si próprio e com isto é necessário aprender a viver mais tempo consigo mesmo e o companheiro passa a ser uma boa parceria em momentos específicos.
É importante conceder, mas o exagero, também, não é nada saudável, e este tipo de relação nos leva a relacionamentos mais saudáveis.
O Amor moderno surpreende, silencia quando precisa aquietar o coração, dá espaço, acolhe , reconhece e liberta.
O amor só é nosso aliado se existir verdade, transparência em nosso coração e atitudes conosco e com o outro.
Fica aqui o convite para pensarmos onde queremos nos colocar, para buscarmos nossa felicidade.
Silvia Ligabue
Psicoterapeuta e Coaching em Bem estar
descasadosessolteiros@gmail.com
11 2865-4845/ 6460-2098
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