segunda-feira, 25 de julho de 2011

Aprendi - Charles Chaplin

Aprendi que eu não posso exigir o amor de ninguém, posso apenas dar boas razões para que gostem de mim e ter paciência, para que a vida faça o resto. Aprendi que não importa o quanto certas coisas sejam importantes para mim, tem gente que não dá a mínima e eu jamais conseguirei convencê-las. Aprendi que posso passar anos construindo uma verdade e destruí-la em apenas alguns segundos. Que posso usar meu charme por apenas 15 minutos, depois disso, preciso saber do que estou falando. Eu aprendi... Que posso fazer algo em um minuto e ter que responder por isso o resto da vida. Que por mais que se corte um pão em fatias, esse pão continua tendo duas faces, e o mesmo vale para tudo o que cortamos em nosso caminho. Aprendi... Que vai demorar muito para me transformar na pessoa que quero ser, e devo ter paciência. Mas, aprendi também, que posso ir além dos limites que eu próprio coloquei. Aprendi que preciso escolher entre controlar meus pensamentos ou ser controlado por eles. Que os heróis são pessoas que fazem o que acham que devem fazer naquele momento, independentemente do medo que sentem. Aprendi que perdoar exige muita prática. Que há muita gente que gosta de mim, mas não consegue expressar isso. Aprendi... Que nos momentos mais difíceis a ajuda veio justamente daquela pessoa que eu achava que iria tentar piorar as coisas. Aprendi que posso ficar furioso, tenho direito de me irritar, mas não tenho o direito de ser cruel. Que jamais posso dizer a uma criança que seus sonhos são impossíveis, pois seria uma tragédia para o mundo se eu conseguisse convencê-la disso. Eu aprendi que meu melhor amigo vai me machucar de vez em quando, que eu tenho que me acostumar com isso. Que não é o bastante ser perdoado pelos outros, eu preciso me perdoar primeiro. Aprendi que, não importa o quanto meu coração esteja sofrendo, o mundo não vai parar por causa disso. Eu aprendi... Que as circunstâncias de minha infância são responsáveis pelo que eu sou, mas não pelas escolhas que eu faço quando adulto. Aprendi que numa briga eu preciso escolher de que lado estou, mesmo quando não quero me envolver. Que, quando duas pessoas discutem, não significa que elas se odeiem; e quando duas pessoas não discutem não significa que elas se amem. Aprendi que por mais que eu queira proteger os meus filhos, eles vão se machucar e eu também. Isso faz parte da vida. Aprendi que a minha existência pode mudar para sempre, em poucas horas, por causa de gente que eu nunca vi antes. Aprendi também que diplomas na parede não me fazem mais respeitável ou mais sábio. Aprendi que as palavras de amor perdem o sentido, quando usadas sem critério. E que amigos não são apenas para guardar no fundo do peito, mas para mostrar que são amigos. Aprendi que certas pessoas vão embora da nossa vida de qualquer maneira, mesmo que desejemos retê-las para sempre. Aprendi, afinal, que é difícil traçar uma linha entre ser gentil, não ferir as pessoas, e saber lutar pelas coisas em que acredito.

sábado, 9 de julho de 2011

Relacionar-se só para ser feliz




Criamos expectativas sobre quem escolhemos amar.
Escolha esta em sua maioria seguida de muitas frustrações, pois esperamos sempre algo de alguém.
Você já percebeu que as pessoas que você se relaciona possuem o mesmo perfil?
Já notou ainda que enquanto não adquirimos um determinado aprendizado, os relacionamentos e os companheiros se repetem?
Em muitos momentos, preferimos acreditar que a sorte nos falta, pois fica mais fácil, do que olharmos dentro de nós e acreditarmos que não é mais possível viver sempre da mesma forma.
Somos responsáveis por nossas escolhas, inclusive no relacionamento que queremos ter; não adianta dizer que a vida é a responsável, pois assim nunca mudaremos nosso caminho.

Ser autor de nossas vidas nos traz grande satisfação e a certeza que poderemos buscar nossa felicidade a qualquer momento.
Optar por sermos vitímas, pode ser uma outra escolha e um grande atraso também. Pois a vitima é alguém que nunca dá certo, joga sempre a responsabilidade do seu fracasso no externo.
Diante disto, esperar além do que o outro pode oferecer e culpá-lo por aquilo que ele não pode dar é, no mínimo, uma atitude covarde e egoísta. Pois temos que nos suprir e não buscar no outro o que não ofereço a mim mesmo.

Em contrapartida, se não esperamos nada da pessoa que nos relacionamos e aceitamos que nada é eterno, como dizia o poeta “Que seja eterno enquanto dure”... Se aprendermos ainda a respeitar o tempo dos relacionamentos, sairemos deles muito mais estruturados e confiantes, pois podemos acreditar em sermos felizes a dois; podemos ainda crer que um rompimento não precisa ser sempre dramático. Que as pessoas são livres para ir e vir, pois nascemos sozinhos e partiremos assim também.

Talvez nos falte agradecer às pessoas que passam por nossas vidas, pois foram elas os instrumentos que nos ajudaram a crescer.
Com isto, podemos pensar que quanto mais vivermos uma relação de aceitação, agradecimento, desapego e respeito ao outro, mais felizes nos tornaremos. E o fim, quando necessário, é apenas um término de um ciclo, para o recomeço de um novo.
E assim partiremos aliviados, sabendo que nos relacionamos para aprendermos e acima de tudo para sermos felizes. E quando este sentimento deixar de existir é hora de irmos embora, com certeza, com uma maior bagagem.
Talvez a hora de sabermos que precisamos ir é quando percebemos que insistimos em levar adiante uma relação por “puro hábito” e não mais por prazer. Quando nos sentimos obrigados a estar com o outro e não fazendo uma opção.

Silvia Ligabue - Psicóloga Clinica de adultos e casais.
Tel: (011) 2865-4845 ou 91296351
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